Ferreomodelo Marklin

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maquete Marklin

segunda-feira, 28 de junho de 2010

New Spirals

Conceito da Digiarte Muratiana
FHTC – Quintella Alumni UFF - Universidade Federal Fluminense






(Matéria  autorada pelos alunos de Mestrado e Doutorado do Projeto FHTC liderado pelo seu orientador Professor Doutor Heitor Quintella que expressa a interpretação deste grupo sobre o espírito de sua orientação para a produção de arte informatizada extraídos de suas notas  de aula sobre História, Filosofia e Metodologia da Arte e das Ciências ministradas no Centro Científico IBM e nos Mestrados e doutorados de Engenharias de Produção e Civil da Universidade Federal Fluminense)











Princípios da Digiarte Muratiana
FHTC – Quintella Alumni UFF - Universidade Federal Fluminense
(Matéria  autorada pelos alunos de Mestrado e Doutorado do Projeto FHTC liderado pelo seu orientador Professor Doutor Heitor Quintella que expressa a interpretação deste grupo sobre o espírito de sua orientação para a produção de arte informatizada)





A Arte Digital é uma revolução e o maior avanço da história no potencial de redefinir e ampliar o processo criativo de produtos de arte. Os vetores que  promovem esta transformação são:
•supressão de fronteiras entre os meios de expressão pela conectividade total e fusão multimídia
•experimentabilidade infindável  de expressão com alta qualidade e liberdade
•possibilidade de opção por unicidade  elitista ou multiplicação democrática da obra sem perda de qualidade nem no processo nem no produto
•aptidão para venda sem intermediários tanto em produtos únicos, quanto massificados
•liberdade de criação sem limitações, estéticas, filosóficas ou técnicas
•desenvolvimento acelerado dos meios de informatização ampliando  e melhorando os recursos de produção artística integrada acessível a todos
•popularização dos processos e produtos de computação nas novas gerações forjando uma nova cultura em que tecnologia e ciência desempenham um papel libertador, enriquecedor e  ampliador do potencial humano.
•possibilidade de perenização virtual da obra de arte
•potencial de customização em massa com alto grau de economicidade








O Processo produtivo racional em arte passa por algumas etapas bem definidas, a saber:
•definição de uma idéia central
•construir estruturas ou temas em torno da idéia central
•complexificação e aprofundamento pela inclusão de temas secundários
•focalização, estabilização, variação  e repetição dos temas dando propósito
•organização e posicionamento dos elementos dando lógica e fluidez a obra
Na arte digital  diversos meios  tradicionais ou informatizados podem ser utilizados  e combinados em  sequência livre  para cumprir estas etapas  em qualquer ordem visando uma meta estética final que passa necessariamente pelo mundo virtual .
A grande vantagem da informatização é permitir uma expansão  das possibilidades oferecidas pelo compositional design.  Alguns princípios que realçam as imagens e representam uma excelente metodologia proposta por Murat para produção de obras de arte experimental com excelência são os seguintes:


1 Dilema do Centro de interesse – composições  digitais costumam explorar uma área que  atrai a atenção imediata ao primeiro  golpe de vista tornando-a mais importante que os demais elementos. Tal área pode ser contraste de valores, variedade de cores ou formas, etc...   e as oportunidades geradas por ferramentas computacionais são múltiplas. Eventualmente o artista digital pode optar por inverter a proposta equalizando os pontos de interesse  distribuindo a atração da atenção do observador, eliminando um centro de interesse único. Em particular a informática permite analisar as duas vias antes de finalizar o design.
2 Equilíbrio – a percepção de equanimidade e ordem visual em objetos, formas de 2d e 3d, valor, cor, texturas etc... criando  pela simetria ou assimetria um efeito de  equilíbrio na composição.  Os softwares de transformação permitem explorar e simular diversas situações com rapidez  e baixo custo de modo a se fazer uma seleção  ótima da solução estética final.


3 Harmonia ou padrão – é o efeito que integra a composição com outras unidades similares, assim se sua composição usa elementos ondulatórios os demais elementos  usados serão da mesma natureza trazendo uma sensação harmônica análoga a da unidade.  As diversas ferramentas oferecidas pelo cocktail de software permitem experimentar vários graus de  harmonia e enarmonia antes do acabamento.


4 Contraste – esta abordagem oferece potencial de mudanças no valor criando uma discordância ou distonia visual na composição elicitando a diferença entre formas e pode ser empregada como um background para trazer para fora e para a frente  objetos no design dando eventualmente ênfase em alguma área.  Com a informática estes efeitos podem ser extremamente dramatizados pelas técnicas de  layering por exemplo.


5 Movimento Direcional – é um fluxo visual que atravessa a  composição,   sugerindo movimento no design á medida que a visão se desloca de um objeto a outro, ou mesmo pelo  posicionamento  de claros  e escuros que dirigem sua atenção pelo formato observado.  Testes de variação na saturação permitem a visualização prévia deste movimento até que ocorra um ajuste fino do efeito produzido até o objetivo desejado pelo artista.


6 Ritmo – é o uso de  movimento de forma regularmente recorrente ou repetitiva, como numa dança ou canto em que o fluxo de objetos e elementos simulam a batida musical. Software específico garante mensuração qualitativa e quantitativa desta variável para oferecer ao artista avaliação do impacto de várias alternativas de apresentação.

7 Simbolismo cultural – é a técnica de explorar a sinergia histórica e cultural entre a expressão do artista e do público sem a qual a obra ainda que perfeita carece de anima e animum estético.  Padrões comparativos encontram-se disponíveis em bibliotecas para confronto com o design  em elaboração.


8 Semântica da imagem – são as mensagens psicológicas que atraem o público alvo, mas em contrapartida afastam demais segmentos de observadores, por meio de signos que significam algo que define o gosto, a ética, o comportamento, atitudes, estilo de vida, os anseios e desejos dos observadores que se deseja atingir.


9 Projeto emocional – é o plano de transmissão de emoções que mobilizem determinados segmentos de observadores de modo a estimulá-los a se ligar afetivamente com o design. Há diversos painéis emocionais digitais disponíveis para a consulta dos criadores que permitam a escolha mais adequada a intenção artística.


10- Inclusão de Segredos -  Arte refinada é tão mais expressiva e interessante quanto contiver características e idéias que só são percebidas por observadores diligentes e atentos. Contudo se a intenção do artista é produzir arte pop para as massas este princípio de design deve ser evitado, mantendo em sua proposta apenas o que é óbvio à primeira vista.


11 Desafio aos conceitos e premissas comuns – Arte potente em geral faz com que  o observador questione conceitos e premissas correntes no mundo, defendendo algum argumento oferecendo algo que pode parecer incompreensível, desagradável ou contencioso para um conjunto de observadores, contrastando com a arte popular que tende a suportar conservadoramente o statu quo de idéias, conceitos e premissas das massas de forma simples, direta e não transformadora.


12 Valorização criativa do Erro de Boa fé – Erros de BOA FÉ são oportunidades fascinantes de inovação e invenção, se o artista aproveita o momento para criar algo de novo que tenha uma contribuição estética, filosófica, técnica ou psicológica não convencional. Contudo se o erro é apenas uma falha óbvia é necessário retrabalhar, pesquisar, estudar, experimentar ou praticar mais. Por fim se o erro é de má fé todo cuidado é pouco pois graves consequências podem advir do mesmo. De qualquer forma identificação, revisão e recuperação de erros é uma atividade essencial na obra artística e o registro e estudo de relatos de casos digitalizados podem servir de guia para os artistas em geral.


13 Conectividade conexa.  É a estruturação da composição de modo manter cada parte da mesma conectada com as demais dando e mantendo o nexo geral da criação pela variação temática. Assim se a composição começa utilizando como base uma forma geométrica, de um certo porte e de uma certa cor talvez o uso de apenas um dos três elementos pode atuar em conjunto para dar a conectividade conexa.


14 Ênfase – é a importância dada a uma área do design para que ela seja mais destacada e suporte algum centro de interesse. Por exemplo, seu design pode usar linhas paralelas de alguma cor neutra movendo-se verticalmente para coma e para baixo de modo a realçar e enfatizar um centro de interesse que pode ser uma esfera 3D no centro da imagem.

15 Dilema  Unidade Randomicidade – é  a proposta do design de  exibir uma estrutura homogênea e tendente a usar o efeito de harmonia ou de usar a possibilidade oposta de randomizar a presença dos elementos no design desestruturando-o e rompendo intencionalmente a busca de harmonia.




                                

Crítica Analítica da Digiarte Muratiana
FHTC – Quintella Alumni UFF - Universidade Federal Fluminense
(Matéria  autorada pelos alunos de Mestrado e Doutorado do Projeto FHTC liderado pelo seu orientador Professor Doutor Heitor Quintella que expressa a interpretação deste grupo sobre a análise e opiniões que críticos, pesquisadores e historiadores da arte emitiram sobre os trabalhos de Murat)



Poucos artistas no Brasil tiveram a oportunidade de combinar uma formação acadêmica impecável em escolas de primeira linha no Brasil e no exterior em Ciência até o  nível pós-doutoral e simultâneamente obter educação em cursos livres , voltados para informática, em várias modalidades de arte como música, poesia, teatro, fotografia, artes visuais. Esta combinação de  saberes e experiências internacionais fazem de Murat uma personalidade multifacetada  talhada para surfar a onda de arte multimídia e ter a oportunidade de desempenhar o papel de difusor pioneiro destas tecnologias e conceitos convergentes na América Latina através de programas IBM.


A arte de Murat  consegue então, com a informatização  sintetizar várias influências da história da arte brasileira.  Por meio da influência de sua obra literária que explora as etnias brasileiras em  letras de música e fábulas ele consegue organizar alguns dos temas, idéias, composições, linhas, formas, valores, cores,  tons, espaços, texturas e padrões  ecoando a semana de arte moderna de 22. Mas ele o faz procurando dar universalidade ao resultado pelo abandono de uma busca pelo purismo que é exótico até para o purista.


Uma das formas pela qual esta fuga do convencional ocorre é pelo uso controlado de um abstracionismo mesclado com figurações que empregam alternadamente formas pixeladas ou vetoriais especialmente em Nus que exploram as curvas femininas. Novamente sua obra é marcada pela pulsão da liberdade  de misturar estilos  e pelo rompimento parcial dos grilhões formais de escolas do passado que eram muito limitadas  tecnicamente por não terem  acesso a  a flexibilidade multimídia da informática. Alguns princípios científicos da arte concreta estão presentes, mas aportando um equilíbrio saudável entre produto e processo artísticos com uso de geometrismos que incorporam as possibilidades de espaços não euclideanos que  permite, polígonos tanto retilíneos quanto curvilíneos,


Exemplo rico desta influência na  obra de Murat são os skylines do Rio que usam construtos modulares geométricos que se articulam para gerar um sistema de expressão visual (combinado com panos de fundo texturais) que podem ser reutilizados em outras obras constituindo assim uma moduloteca  com a mesma estrutura de composição da material, com elementos sub-atômicos, atômicos, moleculares e substantivos. Claramente aqui tanto  no imaginário quanto no techno brick concreto pode-se dizer  que o princípio pós-moderno de que da matéria nasce a forma é verdadeiramente aplicado e vivido por Murat, promovendo um diálogo fértil e poético entre elementos do mundo real e criaturas do mundo virtual.

A visão política  presente na obra de Murat é a da busca de superação dos grandes males da humanidade: doença, velhice, fome, opressão, injjustiça, miséria, criminalidade,  desastres e a morte pelo uso sistemático da Ciência e da Tecnologia e do método científico para análise e resolução de problemas. Isto se reflete  claramente na temática e nos processos que Murat usa para compor suas peças que estão comprometidas com a instantaneidade e espontaneidade da inspiração sem a escravidão de  influências externas , sem  a  explosão das manadas, sem lavagens cerebrais preconceituais coletivas. Desta forma Murat se alinha com a busca da diversidade cultural, do individualismo, do agorismo que caracterizam a visão, a linguagem  e a percepção do mundo moderno.  A  definição que Murat adota de qualidade envolve  as cinco dimensões da qualidade percebida:

•Tangibilidade  e  refinamento da aparência e dos materiais empregados ;
•Responsividade e prontidão para atender às demandas do mundo;
•Empatia com o público por acessibilidade e comunicação fáceis;
•Confiabilidade pela precisão de produto e processo na intencionalidade expressiva
•Segurança pela capacidade de objetivar durabilidade e  credibilidade.

Este modelo atende a uma ansiedade das vanguardas do século XX e dos garimpeiros de inovação do século XXI de entender como se desenvolvem as estruturas mentais de percepção e expressão presentes na Invenção, na Inovação, na Produção ,  na Transformação e na Comunicação artísticas. Na proposta da arte digital há, mais do que em qualquer outra forma de arte, a possibilidade de  adoção de experimentalismo, abandono de convencionalismos, rupturas com  referências. Murat se aproveita desta oportunidade e engaja  em suas propostas não apenas programas de ações artísticas  do Brasil mas as mistura com influências que resgata de sua experiência vital obtida em suas viagens por mais de 35 países. Assim é possível reconhecer que numa das suas obras Murat misturou inicialmente elementos  de Portinari com Hopper, de Mondriaan com Di Cavalcanti,  de Rapoport com Hokusai , de Scliar com Picasso, Tarsila com Kandinsky, Picasso com Aquila, Segall com  Miró, Matisse com Aldemir Martins, Monet com Tecídio, Balla com Bava, Van Gogh com Mira Schendel contudo apesar de se saber de onde vêm alguns elementos, não é possível prever para onde a sua criatividade artística somada com a sua inteligência científica e experiência de gestão de módulos irá conduzir o processo garantindo assim uma originalidade e personalidade únicas para cada e todas as suas  peças que surpreendem  pela sua emoção e bom gosto. Esta variedade cria uma tensão no conjunto da obra pela introdução de uma ambiguidade que faz um contraponto a repetição , e ao mecanicismo embutidos no processo típico da arte convencional.

Veja-se por exemplo que imagens e sons do espaço colhidas por telescópios e radio- telescópios inspiram Murat eventualmente a criar vórtices e espirais que evocam a musicalidade e harmonia que ocultam a violência do universo. Essas peças têm um efeito hipnótico que nos leva a uma viagem épica ao início dos tempos, ao nascimento, às origens., criando assim uma inquietude oriunda de um dilema calmaria versus agitação típico de sistemas de estabilidade dinâmica..


Assim, neste mundo quântico e relativístico que oscila entre os polos da dualidade real-virtual,  não há mais questões centrais, temáticas dominantes, estilos privilegiados,  escolas organizadas, grupos de pressão,  gerações temporal,  geográfica  ou processualmente estruturadas. Na visão de Murat tanto o artista quanto o cientista precisam desta liberdade plena que a digitalização propicia aos processos e produtos de  criação. Sua estética tem consequentemente embutida uma ética de pragmatismo, realismo,  racionalismo crítico, futurismo, que explica o significado de sua  obra por sua hierarquia de valores  defendida em suas aulas, palestras e sessões de orientação, a saber:
•Preservação da Vida e Saúde Humanas
•Preservação da Dignidade Humana
•Preservação das Liberdades Humanas
 (de cada um  e de todos os indivíduos, de propriedade, de inviolabilidade e dignidade do lar, de auto-defesa, de segurança e privacidade, de empreender, de ir e vir, de tratamento igual perante á lei com presunção primária pública de inocência, de acesso à informação isenta, de habeas data, de expressão e comunicação responsável, de defesa dos próprios interesses, de trabalho e remuneração digna, de ambiente de proteção, permissão e potência, de acesso à educação de qualidade, à tecnologia e ao desenvolvimento científico continuados, de exercício da criatividade, de proteção em idades  e situações vulneráveis (tais como infância, velhice, gravidez, enfermidade, deficiências físicas etc...)
•Busca e Exercício da Excelência em tudo que fizer, receber e oferecer.
•Preservação da Vida em Geral
•Outros princípios adicionais


Na proposta de trabalho de Murat – ver figura 1- há uma metodologia flexível (que ele não recomenda para ninguém – uma vez que cada indivíduo deve criar juntamente com seu plano de criação todo o processo produtivo que resultará num produto de arte) em que tudo começa com objetos, pinturas, desenhos convencionais, fotos, imagens ou objetos escaneados , representações de dados voz ou imagens que são inputados como techno-bricks (tijolos tecnológicos que irão compor  módulos que tratados, lapidados, burilados, escandidos, fundidos e macerados   por um mix de software) que produzem afinal a imagem virtual  que  poderá então ser traduzida para o mundo real de várias maneiras. As mídias de output são todas viáveis conforme a intenção do criador. Telas tradicionais de 2 D, objetos lineares, telas com som, 3D, hologramas, robots  interpretadores  e escultores, injetoras de plástico e outros materiais ou simplesmente impressoras              de todos os tipos, qualidade, custos e resoluções  que gravam em todos os materiais que podem ser papel,  lona, plástico, folhas de material laminado sintético ou orgânicos, madeiras finas, etc…


figura 1



Na obra Muratiana para enfatizar ainda mais o caráter especulativo, experimental ele usa  na gestação dos technobricks materiais primários como: folha de alumínio  e Canetas Pilot (Coruja), arame farpado e lápis de cor (Não perde mais - cavalo de corrida), papéis coloridos ( em toda a série que mimetiza Scliar – Sambista, Hora do almoço), barro e cola (No pano de fundo de Nena Cubista), Brita (em florais e Bromélias), água (nas composições conceituais de espaço- tempo).  Algumas de suas obras de assemblagem em 3D  (como as peças  Tecnologia de ponta  e Faca sacrificial)  utilizam  imagens texturais de fundo geradas por computador combinadas com pedras de obsidiana.  Por ultimo mas não menos imprtante nestas aventuras por espaços não planos, Murat  retoma a viagem realizada em Flatland
(A romance of many dimensions With Illustrations by the Author, A SQUARE  
Edwin A. Abbott 1838-1926) e faz várias obras com cordas e barbantes colorindo-os e fazendo várias experiências com nós originalmente combinados. Tais experimentos  visam ilustrar simbolicamente alguns contornos da material no nível inferior ao sub atômico dos strings.  Destas experiências surgiram muitas imagens em 2D  em sua obra que exploram o grande potencial visual da Ciência contemporânea com os fractais  e as projeções 3D de manifolds de espaços de  11 dimensões.   

Sua experiência nos laboratórios do IBM Scientific Center permitiram experimentar ainda a pesquisa e criação de métodos digitais  de perenização de livros iluminados medievais e do acervo das Bibliotecas do Vaticano e da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro. Esta é aliás uma das características da arte  digital: a possibilidade de criar clones digitais e eternidade virtual de obras de arte .   Em sua obra, Murat possibilita aos proprietários resgatar das profundidades do mundo virtual suas peças quando danificadas ou perdidas no mundo real.


Murat se serve também  de conceitos quânticos para desenvolver  obras texturais que usam recursos ondulatórios em sua construção como por exemplo  em Pano Antigo Tribal ou Ondes sur le sable de Marseille. Algumas vezes emprega este artifício sobre temas étnicos que ele domina em literatura  (e.g Maú – Adão Iorubá). Outras vezes , à moda zen, chama a atenção do público para as coisas simples do quotidiano  tais como chaleiras, copos, garrafas, vasos de flores., como em Chaleira Garrafa e Taça.


Em interação com a literatura Murat faz  também uma interessante fusão entre poesia e arte visual num estilo que lembra as experiências de Cassiano Ricardo. Este é  o caso de  calendário thai, 4 verdades e outras em que imagens e palavras são arrumadas para produzir um efeito visual.


Com mais de 600 obras realizadas até 2010 Murat fecha um ciclo e retoma a arte digital agora com mais vigor e com novas ferramentas e conceitos.









      

Elementos de Design na Digiarte Muratiana

(Matéria  autorada pelos alunos de Mestrado e Doutorado do Projeto FHTC liderado pelo seu orientador Professor Doutor Heitor Quintella que expressa a interpretação deste grupo sobre o espírito de sua orientação para a produção de arte informatizada extraídos de suas notas  de aula sobre História, Filosofia e Metodologia da Arte e das Ciências)


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