Ferreomodelo Marklin

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maquete Marklin

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Geral Conceitos de Arte informatizada digital

Aesthetics of Digital Art




A generation ago, computer art was boxy and pixilated with sharp vertical and horizontal lines and jagged diagonals, that the colors were uncontrolled and super saturated, and that the predominate forms hinged on infinite swirling repetitions. (JD Jarvis)

(peach Mosvi by Murat)


Muitos artistas modernos tradicionais também usaram estes padrões, o que de uma certa forma autoriza a opção estética. Todavia as primeiras expressões artísticas de natureza informatizada digital se manifestaram assim por limitações tecnológicas. (H Quintella)



Alguns preconceitos típicos com relação às artes informatizadas digitais, que por sua visao limitante e limitada cegam os analistas e críticos e impedem que se perceba a fluidez e expressividade potencial da imagery e da Imagineering da arte digital, são:

indistinguishability from photographic reality    -  impossibilidade de distinguir-se da realidade fotográfica.



automated pastime requiring no more knowledge or artistic input than punching the "art" button,  - passatempo automático que requer nada mais do que a habilidade de apertar botões.

Nos trabalhos de Murat há uma busca permanente de indistinguishability e mimetização da arte tradicional através da convergência tecnológica total pelo uso de técnicas mistas que envolvem materiais e instrumentos convencionais e tecnológicos variados que dão precisão e potencialidade ampliada de cores, sombras, traços, névoas para produzir arte digital que resgata as imprecisões, imperfeições, emoções e expressões tanto as primitivas quanto as sofisticadas e delicadas da natureza humana. Este esforço se alinha com a tendência geral de Inteligência Artificial e Robótica de emular caracterísicas puramente humanas a produtos e artefatos digitais.


(Tani - 4 letter gals series by Murat)


Arte informatizada e agorismo

Heitor Luiz Murat de Meirelles Quintella
Um dos impulsores da arte  informatizada digital é o fenômeno do agorismo, que afeta também a venda  de muitos outros produtos e serviços. Este espírito permite a visualização da obra e sua aquisição instantânea. Isto não significa que as peças sejam feitas de forma impensada ou rápida, pois caso isto ocorra a percepção da qualidade será afetada para baixo e não será atingido um conjunto relevante de fatores críticos de sucesso na venda das imagens. Um dos pontos importantes a distinguir o valor da peça é se ela foi impressa pelo próprio criador ou pelo cliente. O impacto é claro pois a do autor terá assinatura manual, e estará impressa em papel de alta qualidade escolhido pelo próprio autor. A massificação da obra de arte no entanto não tira a possibilidade de o artista produzir obra única e cara por ser rara. Ele pode sempre destruir a matriz e produzir uma única peça.   Assim a nova arte informatizada digital seja no ramo literário, de dramaturgia, de artes plásticas, de música, de filmes e games pode explorar os quatro quadrantes do espaço de produtos e processos: Invenção, Produção em massa, Melhoria contínua ou Customização em massa.






No entanto o maior impacto  do  agorismo está em viabilizar a customização em massa de arte, da mesma forma que aconteceu com diversos outros produtos e serviços. Este fenômeno tão presente na vida atual pode dar às artes em geral, mas especialmente às artes plásticas em particular, um dinamismo jamais visto antes na história da humanidade democratizando e modernizando a  veiculação da pintura junto aos seus admiradores.


Há duas definições de agorismo

1)    o anarquismo individualista é  uma variante do anarco-capitalismo, o "agorismo" que aqui vamos denominar de macroagorismo. Os "agoristas" (como Samuel E. Konkin ou Brad Spengler) adotam a posição de  que as micro-empresas e os trabalhadores independentes são mais eficientes que as grandes empresas (a ineficiência começa quanto há um supervisor recebendo ordens de outro supervisor - Konkin).  Costuma ser a forma dominante de organização produtiva no início de descobertas ou invenções tecnológicas de ruptura (como ocorreu em com os veículos automotivos no fim do século XIX e com os micros e a internet no fim do século XX). Contudo deixam de ser uma forma dominante ã medida que os mercados e tecnologia amadurecem,  porque algumas grandes empresas se estruturam para  explorar melhor o mercado. No entanto isto no decorrer do tempo leva a uma perda de eficiência na satisfação dos desejos dos consumidores , pois na visão deles
 "o mercado é mais eficiente que a planificação central; quanto maior uma empresa, maior a componente de planificação; logo, quanto maior uma empresa, menos eficiente será".
À luz deste conceito macro se percebe que as compras por internet criaram uma ambiente de competitividade desestruturado macroagorista, que ainda não foi atacado por grandes empresas, o que pode  vir a demorar algumas décadas, a exemplo do que ocorreu com o mercado de autos desde o século XIX até a década de 20 em que finalmente as grandes empresas passaram a dominar o mercado começando a eliminar pequenos produtores.

2) Associado a este contexto de  Mercado há  o de microagorismo para definir o comportamento do consumidor neste ambiente ( embora ele possa eventualemtne ocorrer em outros ambientes).
O “consumismo” pode ser entendido como  um  arranjo social em que ocorre uma reciclagem de necessidades, vontades, desejos e anseios que as faz ser  a principal força propulsora social e fator chave da produção e comercialização de produtos, promovendo a integração e a estratificação sociais, assim como na configuração das opções de vida individuais.
Stephen Bertman definiu os termos “cultura agorista” e “cultura apressada” que redefiniremos aqui como microagorismo, para denotar a maneira como vivemos em nosso novo tipo de sociedade ainda sob o impacto de estruturação macroeconômica do macroagorismo.  O tempo na sociedade da informação moderna não é cíclico nem linear como no passado, mas é um tempo  acíclico e  jerky” (Com aceleração variável) caracterizado  por de rupturas e descontinuidades oriundas de novas tecnologias, novos produtos, novas idéias, novas estruturas…
A vida passa a ser  mais intensamente uma expressão da filosofia transcionalista   e de um neohedonismo em que só o aqui e o agora importam concretizando  uma série infinita de presentes experimentados em intensidades variadas. Isto lembra o cone de tempo oriundo da Física em que o controle só ocorre neste ponto mágico e fugaz em que futuro e passado se encontram.

Por isto a vida ‘microagorista” tende a ser “apressada”. A oportunidade reside neste ponto presente, sem segunda chance, a hesitação em agir instantaneamente para  aproveitar o momento ou o dia, o carpe diem, pode ser o assassino do futuro e o obstáculo para um novo começo total.

Mas ao contrário da visão pessimista de alguns de que na vida “agorista” o impulso de adquirir e juntar sera o fator de insatisfação incontrolável, o que se observa na prática de estudos psicossociais e de mercadologia é que a racionalidade acaba por conter o impulso consumista pela falta de recursos financeiros infinitos.  Por outro lado surgem com igual força dois vetores importantes que neutralizam o consumismo desenfreado: a pressa para de descartar e substituir associada a um impulso de promover um ambiente de justiça urgente(busca de direitos do consumidor. de garantir oportunidade de oportunidades  e de ajuda aos desvalidos). No caso do Brasil o fracasso do judiciário e do legislativo de responderem a esta demanda será fonte de crise institucional em pouco tempo.

No embate destes tres vetores surge o equilíbrio que traz ao consumo uma racionalidade que pode ser estudada, prevista, planejada e construída tanto para quem compra quanto para quem vende. Daí a importância dos estudos correntes em várias universidades em consultorias sobre o comportamento do consumidor.
Em artigo publicado na Recap em coautoria com os alunos  do professor Quintella, identificamos os seguintes parâmetros para comportamento do consumidor que e uma certa forma evitam o consumismo patológico e disciplinam o ato de compra dando-lhe racionalidade.
( cf.: Amanda Rodrigues, Francisco Ladeiras, Leonardo Leitao, Heitor M Quintella
Análise Do Mercado De Alimentos E Bebidas Baseada Em Pesquisa De Campo E Estratégias De Marketing
in: Revista Carioca de Produção - ISSN 1984-4743 -  2009)
A) Reconhecimento do Problema
O reconhecimento do problema identifica-se quando o indivíduo percebe a diferença
entre um estado ideal e uma situação de privação. Existem duas fontes básicas de origem dos
estímulos: “artificiais”, ou criados por elementos motivadores do ambiente externo que
suscitam a necessidade por algo, e internas ou fisiológicas. As necessidades fisiológicas
brotam das carências internas que os indivíduos apresentam, como sede, fome, cansaço, etc. A
necessidade, para Kotler e Armstrong (1992), é um estado em que se percebe alguma
privação. Ou, em outras palavras “(...) recognition occurs when an individual senses a
difference between what he or she perceives to be the ideal state of affairs compared with the
actual state of affairs at any point in time” (Engel; Blackwell e Miniard, p. 146, 1995).
Contribuição semelhante é proposta por Mowen (1995) e Kotler (1995), que afirmam
reconhecermos uma necessidade quando há uma discrepância entre o estado real e o estado
desejado. Uma necessidade pode ser reconhecida caso percebamos uma queda na satisfação
da situação real ou, ainda, caso aumente o desejo em relação a algo (estado desejado).
b) Busca de informações
Uma vez que se tenha reconhecido o problema do consumidor (ou despertado), o
indivíduo buscará informações em diversas fontes externas para que se certifique do que irá
comprar e obter evidências de que aquilo é, de fato, o que precisa. Entretanto, existem
situações em que esta etapa do processo de decisão da compra não é realizada profundamente,
visto que envolve a aquisição de bens de baixo envolvimento, não oferecendo riscos ao
comprador, e por estar fundamentada em processos cognitivos passados.
O quadro abaixo, proposto por Mowen (1995), identifica os objetivos perseguidos pelo
consumidor ao empreender uma busca externa.
Tipos de informações que se pretende obter com a busca externa
1. Marcas alternativas que se encontram disponíveis
2. Critérios de avaliação sob os quais as marcas podem ser avaliadas
3. Importância dos critérios de avaliação
 4. Informações que subsidiem a formação de crenças; atributos das marcas e os benefícios
ue estes atributos proporcionam
FONTE: MOWEN, J. Consumer Behavior. New York: Englewood Cliff Prentice Hall, 1995.


A busca de informações será influenciada, ainda, por aspectos integrantes do ambiente
de varejo no qual o processo de compra está em curso. A distância entre os diversos
ANÁLISE DO MERCADO DE ALIMENTOS E BEBIDAS BASEADA EM PESQUISA DE CAMPO E
ESTRATÉGIAS DE MARKETING
concorrentes é um exemplo.. As inúmeras cervejas reunidas em um mesmo local estimulam e
facilitam a procura dos produtos. 
Segundo Kotler (1995), o agente comprador poderá buscar informações em diversas
fontes, sendo que as principais são:
- fontes pessoais (amigos e parente), fontes comerciais (lojas e vendedores) e
experimentais (teste de produto).
c) Avaliação das alternativas
Uma vez que o consumidor tenha coletado informações em número suficiente na etapa
anterior do processo, o mesmo deve avaliar as alternativas existentes para que, então, possa
chegar à decisão de compra. É nessa etapa que o consumidor comparará as alternativas
capazes de solucionar seu estado de privação.
Conforme Mowen (1995), o consumidor preferirá a marca que lhe trará a maior
satisfação, baseado nos benefícios que ele procura. Entretanto, de acordo com Kotler e
Armstrong (1992), não existe uma única maneira de avaliação das alternativas, mas “vários
processos de avaliação que funcionam ao mesmo tempo” (Kotler e Armstrong, p. 102, 1992).
Uma marca pode ser a eleita mesmo não atingindo o melhor desempenho em todos os
critérios de avaliação (método compensatório). Entretanto, pelo método não-compensatório, a
marca que não descrever um desempenho mínimo em um critério será desconsiderada do
processo de avaliação de alternativas (Engel; Blackwell e Miniard, 1995; Assael, 1992;
Mowen, 1995). Os critérios avaliativos são os padrões e as especificações consideradas pelos
consumidores na avaliação dos produtos e marcas.
d) Decisão de compra
O passo seguinte do modelo é a decisão da compra, que ocorre após o levantamento
das informações necessárias sobre os produtos e a avaliação das alternativas existentes. Kotler
e Armstrong (1992) afirmam que existem dois fatores exógenos ao indivíduo, que interferem
entre a intenção de compra de algo e no ato da compra em si. O primeiro deles é a atitude das
outras pessoas. Familiares ou pessoas próximas podem influenciar o comprador e interferir na
decisão de compra. Engel; Blackwell e Miniard (1995) incluem alguns fatores neste processo,
tais como novas informações sobre os produtos e marcas consideradas, cuja a necessidade
tenha sido satisfeita por um meio distinto, ou ainda, cujo o momento ideal para a compra
tenha passado.
e) Comportamento pós-compra; resultados da compra

Segundo o modelo de decisão do consumidor de Engel; Blackwell e Miniard (1995),
existem três situações que podem ser reconhecidas após a compra ou consideradas como
resultados deste ato. Primeiro, a satisfação. Este estado de pós-compra cristaliza-se quando a
escolha do indivíduo é consistente com suas crenças e atitudes. No caso de uma escolha ter de
fato agradado ao comprador, a experiência irá para um banco de informações da memória
ativa e servirá para decisões de compra no futuro.
Entretanto, existe a possibilidade de inquietude com a aquisição, que não representa,
necessariamente, insatisfação com o fluxo de benefícios produzido pelo bem, mas se dá pela
crença de que as alternativas não selecionadas apresentavam, também, atributos desejáveis. A
este fenômeno Kotler (1992) denominou dissonância cognitiva, e que Engel; Blackwell e
Kollat (1978) chamaram de “post-decision dissonance. Essa situação pode fazer com que o
consumidor procure mais informações sobre o produto adquirido, mesmo depois da compra e
ainda que se preocupe em convencer a outrem de que a aquisição foi realmente positiva e
preencheu as expectativas almejadas.

Conclusão

Nesta sociedade agorista e orientada intensivamente para informação o que se observa é um amadurecimento rápido de quem se atira ao fenômeno e aprende com as tentativas e erros. Por isso  é importante manter-se pesquisas aprofundadas com dados primários sobre o comportamento dos consumidores para descobrir-se os diversos nichos comportamentais e tendências que permitam planejamento individual de compras de parte a parte.  Por outro lado é imprescindível avaliar cuidadosa e permantemente a qualidade percebida pelos consumidores, e por fim ao lançar produtos é necessário avaliar os fatores críticos de sucesso de start-ups e manter um sistema de formação e educação para fidelizaçào do cliente. Só com isto empresas e consumidores evoluirão para uma situação de crescente satisfação.

É este processo que o cliente irá usar ao adquirir obras de arte informatizada digital e é nesta capacidade que artistas modernos devem se basear para chegar ao sucesso na divulgação de seus trabalhos.

O agora de Murat se apoia no passado e se projeta no amanhã sem fim

Murat equilibra  emoção pura e racionalidade em sua obra multifacetada. Com isso Murat produz arte  que liberta seu rico interior e o expõe para um mundo novo. Sua extensa e variada produção pela sua expressividade criativa teve grande impacto sobre uma geração jovem que ele orientou e desenvolveu. 

Alexandre Rapoport Leblon  2012

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